O que muda nas mamas após a menopausa

O que muda nas mamas após a menopausa?

O que muda nas mamas após a menopausa? Se você já passou ou está passando pela fase de climatério – período de transição entre a fase de reprodução e a última menstruação – esse pode ser um ponto de interrogação na sua mente.

Durante esse período, que geralmente, ocorre a partir dos 40 anos e pode se estender até os 60, a mulher sofre uma série de mudanças no seu corpo. Sendo assim, as mamas também sofrem novas alterações, principalmente por causa da grande variação hormonal.

Ademais, para que você possa entender o que muda nas mamas após a menopausa, preparamos um artigo completo com os principais esclarecimentos sobre o assunto. Veja a seguir:  

Por que surgem novas mudanças na menopausa?

A menopausa é o período em que as menstruações de uma mulher finalizam, e por consequência, a sua fertilidade. Esse processo ocorre porque, com o envelhecimento, há a queda na produção de estrogênio e progesterona pelos ovários. 

Sendo assim, alguns dos reflexos desse período são:

  • Irregularidade no ciclo menstrual da mulher;
  • Suor e sensação de calor excessivo;
  • Ressecamento da pele e das unhas;
  • Queda de pelos e de cabelos;
  • Redução da libido;
  • Entre outros.

Vale ressaltar também, que outros sintomas, como dor nas mamas, pode ser uma novidade promovida pela menopausa. Além disso, após a menopausa, outras mudanças podem surgir, como por exemplo:

  • Alterações no aparelho reprodutor (a região se torna mais seca e fina);
  • Perda de libido;
  • Mudanças no trato urinário, com maior probabilidade de incontinência urinária;
  • Redução da densidade dos ossos, tornando-se mais suscetível a doenças como osteoporose;
  • Redução de colágeno e elastina;
  • Entre outros.  

Além disso, vale lembrar, que dentre esses fatores, podemos destacar o que muda nas mamas após a menopausa, que dentre as diversas possibilidades, pode diminuir de tamanho ou aumentar, de acordo com cada organismo. Da mesma forma, é possível que a região das aréolas também sofra alterações, como mudanças de tamanho e de cor. 

O que muda nas mamas após a menopausa?

Como foi exemplificado acima, existem uma série de mudanças no corpo feminino que são consequência da menopausa. Isso acontece porque, durante o período de climatério, a redução brusca na produção de estrogênio pelo organismo da mulher estimula a perda de substâncias nas mamas. 

A perimenopausa – período antecessor à última menstruação – existe uma grande montanha-russa de alterações referentes aos hormônios no corpo feminino. Desse modo, há uma grande variação também no tamanho e mudança de formato das mamas, que podem assumir uma postura maior ou até mesmo menor durante esse tempo. 

Sendo assim,  se você está se perguntando o que muda nas mamas após a menopausa, um dos fatores é a perda de elastina, colágeno, tecido adiposo (gordura) e tecido mamário (dutos e células das mamas). Ademais, outra modificação é que a pele fica mais fina, e com isso, é possível que haja a redução de tamanho das mamas para muitas mulheres. 

Acontece, no entanto, que para outras mulheres, pode haver exatamente o efeito reverso. Mas, por que? Em alguns casos, a neutralização da quantidade de estrogênio pela quantidade de progesterona no corpo feminino durante o período de climatério, permite que as mamas permaneçam grandes ou até mesmo sofram um estímulo para aumento de tamanho.

Além disso, pode-se associar outros fatores a esse quadro, como por exemplo, uma tendência natural do organismo a ganhar peso ou, possivelmente, a retenção de líquidos no corpo. 

Desse modo, não se trata de uma modificação apenas hormonal, contudo, em alguns casos essa variação ocorre pelo ganho de peso – que também pode ser uma consequência do período de menopausa. Essa relação pode existir devido à uma junção da gordura e estrogênio, que promove o armazenamento de gordura em regiões específicas que, no caso, seriam o abdômen e as mamas.

Quando procurar ajuda de um médico em decorrência de alterações na mama da menopausa?

Além de se perguntar o que muda nas mamas após a menopausa, é possível que você tenha outras preocupações. Como por exemplo, no caso de, em meio tantas alterações, haver a necessidade de procurar ajuda médica.

Sendo assim, se à medida que as mudanças nas mamas surgirem, outros sintomas também se desenvolvem, vale a pena procurar apoio de um profissional de saúde. Veja os casos para se reter maior atenção:

  • Mudança discrepante na forma de alguma das mamas, sendo característica em apenas um dos lados;
  • Presença de secreção repentina nos mamilos;
  • Alterações na textura da pele;
  • Dor nas mamas;
  • Inchaço ou presenças de nódulos na região em torno da clavícula e das axilas;
  • Região protuberante na mama;
  • Entre outros.

Ademais, de acordo com um estudo do Journal of Cancer Science and Therapy, o grupo de mulheres que apresentou maior densidade nas mamas após a menopausa, tiveram mais casos de câncer de mama no histórico familiar. Sendo assim, a pesquisa demonstrou que esse pode ser um sinal de presença de células não diferenciadas, ou seja, mais propícias a mutações, que ocasionam, por consequência, ao câncer. 

Sendo assim, deve-se pensar na prevenção e acompanhamento médico regular. O profissional responsável pelos cuidados com as mamas é o mastologista. Se você está no período de menopausa ou já passou por esse período e está sentindo novas alterações nas mamas, dentre as citadas acima, é muito importante procurar o apoio desse especialista.

Conclusão

Após entender de fato o que muda nas mamas após a menopausa, chegou a hora de pegar a caneta e papel para anotar os principais ensinamentos dessas dicas. Lembre-se de que o acompanhamento regular de um mastologista e a mamografia devem se realizar todos os anos após os 40 anos de idade. Trata-se de uma forma de diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo instituído na lei 11.664/2008 e atribuído ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, caso apresente os sintomas indicados acima, lembre-se de manter a vigilância e os cuidados com a saúde. Consulte um médico de sua confiança para uma avaliação precisa.

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anticoncepcional pode causar câncer de mama?

Anticoncepcional pode causar câncer de mama?

O uso de anticoncepcionais orais é um dos principais métodos contraceptivos utilizados pelas mulheres. Sendo assim, o fato de haver uma grande reposição hormonal a partir da administração oral dessas pílulas, contudo, faz com que muitas mulheres se questionem se o anticoncepcional pode causar câncer de mama.

Vale ressaltar, portanto, que essa compreensão é fundamental para que o público feminino possa tomar a melhor decisão sobre usar ou não esse método. Afinal, o câncer de mama desenvolve-se a partir de um estímulo de hormônios. Sendo assim, a dependência hormonal insere mais um ponto de interrogação.

Mas, afinal, o anticoncepcional pode causar câncer de mama? Preparamos um artigo completo para sanar todas as suas dúvidas sobre a relação entre esses métodos contraceptivos e o câncer de mama. Acompanhe e saiba mais! 

As pílulas anticoncepcionais

Em primeiro lugar, deve-se lembrar os reais objetivos de uso das pílulas anticoncepcionais, para em seguida, entender os seus efeitos. Como foi dito acima, esses comprimidos funcionam para prevenção da gravidez e para tratamento de acne, cistos no ovário e, até mesmo, de fortes cólicas menstruais. 

Nota-se, portanto, que esses comprimidos envolvem diretamente a composição hormonal do organismo, até mesmo porque, são formados por combinações do estrogênio e progestina. Além disso, alguns anticoncepcionais orais em específico contêm apenas estrogênio.

A ação desses medicamentos impede a ovulação. Sendo assim, seu uso regular e adequado impede que a fecundação ocorra e, por consequência, a gravidez. 

Afinal, o anticoncepcional pode causar câncer de mama?

De acordo com uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine e republicada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), existe sim um maior risco de câncer de mama para mulheres que usam anticoncepcionais em relação à não usuárias desse método contraceptivo. 

Além disso, o estudo também revela que esse risco é maior de acordo com o tempo de uso, ou seja, quanto maior o período de administração do anticoncepcional, maiores são os riscos de desenvolvimento do câncer de mama. 

Segundo a SBM, as mulheres que desejam interromper o uso do medicamento, devem conversar antes com seu médico. Por isso, é importante avaliar as vantagens e riscos, os prós e contras, a fim de que a melhor decisão seja tomada a favor da sua saúde. Trata-se, portanto, de um risco relativo e que pode variar de acordo com uma série de fatores, como o tempo de uso e idade da paciente.

Além disso, outros métodos utilizados nos estudos também foram incluídos como possíveis fatores para aumento dos riscos, como por exemplo, o Dispositivo Intrauterino (DIU) com progesterona. Vale ressaltar também, que os anticoncepcionais possuem importante ação contra alguns tipos de câncer, como o câncer de intestino (câncer colorretal), câncer de endométrio e câncer de ovário.

Em todos os casos, essa avaliação da paciente junto ao médico torna-se fundamental.  

Outros riscos para o câncer de mama

Apesar de muitos se perguntarem se anticoncepcional pode causar câncer de mama, vale a pena salientar que não existe uma causa específica e/ou única para o câncer de mama. São um conjunto de aspectos que podem possibilitar o desenvolvimento de tumores na região mamária. Sendo assim, a análise de riscos do câncer de mama deve incluir também outros fatores, como por exemplo:

  • Idade da paciente;
  • Os hábitos alimentares;
  • Sedentarismo, tabagismo e alcoolismo, controle de peso e saúde de maneira geral;
  • Risco genético;
  • Entre outros fatores.

Em geral, entender esses riscos é importante para obter um diagnóstico precoce. Quanto antes houver um diagnóstico, maiores serão as chances de êxito no tratamento. Por isso, o acompanhamento de um mastologista e realização de exames de rotina é essencial. 

Quando usar os métodos contraceptivos orais?

Embora cada caso seja específico, existem algumas situações que apresentam maior segurança para o uso de métodos contraceptivos orais. Por exemplo, no caso de pacientes mais jovens e que não tenham histórico familiar de câncer de mama, pode ser mais conveniente o uso dos anticoncepcionais. 

Já no caso de pacientes que fizeram exames de imagem e biópsia nas mamas (remoção de tecido da mama para avaliar se existem células malignas), e obtiveram o diagnóstico de câncer, esses métodos não devem ser utilizados. 

Além disso, outras condições em que há a contraindicação dos anticoncepcionais são: a presença de histórico de câncer de mama na família, menstruação precoce, tabagismo, entre outros. 

Lembre-se, portanto, que existem diversos outros métodos contraceptivos disponíveis, como por exemplo, diafragma, preservativos e Dispositivos Intrauterinos (DIUs) sem hormônios. Sendo assim, é possível procurar apoio de uma ginecologista para obter a melhor indicação para você. 

O importante é que haja um equilíbrio sobre o melhor método levando em consideração também os demais hábitos que contribuirão para a saúde, tendo em vista que serão essenciais para prevenir o câncer de mama. 

E quem já teve câncer de mama? Pode usar anticoncepcional?

No mais, deve-se considerar que todos os métodos contraceptivos são contraindicados no caso de mulheres que já tiveram ou estão realizando o tratamento para o câncer de mama. Sendo assim, deve-se evitar anticoncepcionais orais, implantes, dispositivos e DIU com progesterona e outros métodos. 

Recomenda-se, portanto, para todas as pacientes que estiverem durante o tratamento e não quiserem engravidar, o uso do DIU de cobre. Já no caso de mulheres que não desejam mais ter filhos, existe a opção da laqueadura.

calcificação na mama

Conclusão

Por fim, esperamos ter ajudado, através do artigo, a sanar todas as dúvidas se anticoncepcional pode causar câncer de mama. Ademais, entender como funciona o uso das pílulas orais e estudar os demais métodos é uma forma acessível de escolher o melhor meio para você. 

Durante esse processo, o apoio médico multidisciplinar será fundamental para definir um método seguro e evitar o câncer de mama. Ademais, para prevenir a doença, outros fatores, principalmente a adoção de hábitos saudáveis, devem ser considerados. 

Lembre-se também, que, para prevenir o câncer de mama, o acompanhamento médico e os exames de rotina, incluindo a mamografia, são essenciais.

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alimentação durante tratamento de câncer

Calcificação na mama: saiba tudo sobre essa condição

Você já ouviu falar em calcificação na mama? Essa condição caracteriza-se como o depósito de pequenas porções de cálcio no tecido das mamas. Trata-se, contudo, de uma consequência da deterioração das células desse tecido. 

Ademais, existem diversas causas para o desenvolvimento dessa condição, em que a principal é o envelhecimento. Além disso, fatores como infecções e ferimentos nas mamas, presença de “restos” de leite mamário e algumas doenças também podem ser o motivo da calcificação na mama. 

Embora na grande parte dos casos seja necessário apenas o acompanhamento médico regular, a classificação é fundamental para que haja um diagnóstico e tratamento precoce da condição. Ademais, para melhor entendimento da calcificação na mama, preparamos o artigo a seguir. Confira e saiba mais: 

Como ocorre o diagnóstico de calcificação na mama?

Em geral, a calcificação na mama não provoca nenhum desconforto ou dor na região. Desse modo, não é possível diagnosticar a condição nem mesmo a partir do autoexame. Porém, em outros casos, é possível que as doenças nas mamas causem sintomas como por exemplo: inchaço, coceira e alterações de cor nos mamilos. 

Sendo assim, o diagnóstico de calcificação na mama ocorre através de exames de rotina e imagem, como por exemplo, a ultrassom das mamas e mamografia. Em alguns casos, pode ser necessário realizar biópsia da mama, também chamada de “punção por agulha grossa”. 

Trata-se de um procedimento em que há a retirada de uma parte de tecido para análise em laboratório de presença de câncer. O resultado pode indicar a presença de células neoplásicas ou normais. 

Além disso, a biópsia possibilita a identificação do tamanho e/ou gravidade da calcificação na mama e o melhor meio de tratar o quadro. Indica-se, portanto, para pacientes que possuem suspeita de calcificação maligna. Nesse caso, a melhoria ocorre através de tratamentos como administração de medicamentos e cirurgia de retirada das calcificações.

Quais são os tipos de calcificação na mama?

As calcificações nas mamas são subdivididas em alguns tipos e podem ser classificadas em tamanhos e formatos diferentes. Veja seguir quais são esses tipos:

    • Microcalcificações: Pode estar associado ao câncer de mama em sua fase de início. Tratam-se de estruturas pequenas (menos de 0,5 mm) e que não podem ser palpáveis. Por isso, dificilmente são identificadas por meio do autoexame.  Indica-se, portanto, para diagnóstico, a mamografia.
  • Macrocalcificações: Possuem vários milímetros e formato irregular. Geralmente, associam-se a tumores benignos. Podem ser identificadas em exames de ultrassom e mamografia.

Ademais, esses grupos dividem-se em quatro subgrupos:

  • Calcificações benignas: são as macrocalcificações. calcificações em cicatrizes, pele, entre outros. Recomenda-se para esse grupo a realização de mamografia uma vez por ano. 
  • Calcificações provavelmente benignas: caracterizam-se como calcificação em formato de amorfo. Para essa condição, indica-se uma mamografia a cada 6 meses.
  • Calcificação com suspeita de maligna: são as microcalcificações com forma suspeita. Necessitam de biópsia para identificação.
  • Calcificação altamente suspeita de maligna: também se caracterizam como microcalcificações em formatos e tamanhos variados. Necessitam de biópsia para identificação e pode ser necessário cirurgia de ressecção.

A avaliação médica dos tipos de calcificação é essencial para uma indicação médica adequada.

A calcificação na mama pode se tornar câncer?

Muitas pessoas questionam se a calcificação pode virar um câncer. A resposta é não, afinal, trata-se de um composto químico acelular. Sendo assim, é a apresentação de cálcio no tecido das mamas e não possui relação com a anormalidade das células. Sendo assim, não existe a possibilidade de a calcificação na mama se desenvolver para um câncer.

Por outro lado, as calcificações podem indicar que há câncer no paciente. Em geral, ao notar-se pontos variados e irregulares em exames de imagem, como a mamografia, é possível que o diagnóstico seja confirmado.

As calcificações, portanto, podem ter formação devido ao câncer de mama, com maior proliferação e degeneração. Desse modo, as células mortas causam inflamação e levam a esse acúmulo de cálcio, e formam, portanto, as calcificações.

O tratamento para calcificação na mama

O tratamento é feito de acordo com a classificação e devidas características da calcificação. Em geral, nos casos em que a calcificação é benigna recomenda-se apenas o acompanhamento médico com frequência, em que é necessário realizar a mamografia uma vez a cada ano. Ainda nos casos benignos, essa frequência pode variar de acordo com a indicação de um mastologista.

Já nos casos das calcificações com suspeita maligna, indica-se os exames de imagem, como a mamografia e a ultrassonografia mamária. Neste sentido, caso seja identificada alguma alteração, a biópsia é necessária para identificar a presença de tumores. Sendo assim, após o diagnóstico, algumas possibilidades de tratamento são a administração de medicamentos, radioterapia e cirurgia de remoção da calcificação na mama. 

O resultado da biópsia de calcificações nas mamas

Ao realizar a biópsia das calcificações, o paciente pode receber os seguintes resultados:

  • Calcificação em lesões benignas: nesse caso, há o controle por acompanhamento;
  • Calcificação em lesões malignas: já com esse resultado, pode-se necessitar de tratamento cirúrgico;
  • Atipia: será necessário realizar um aprofundamento de caso, a fim de verificar as possibilidades da calcificação mamária. 

Conclusão

Por fim, vale ressaltar que, nem sempre os pacientes que foram diagnosticados com calcificação na mama possuem uma lesão maligna. Ainda assim, caso haja o diagnóstico de lesão maligna, é possível tratar. Nesse caso, o paciente poderá obter todas as orientações necessárias a partir do apoio de um mastologista. 

Por isso, entender os principais aspectos sobre o assunto é o primeiro passo para obter êxito no tratamento. Além disso, realizar os exames de forma adequada e seguir todas essas recomendações será importante para o progresso na resolução do quadro. 

Vale lembrar também que nem sempre é possível descobrir a presença de calcificação por meio do autoexame. Por isso, é importante que a paciente realize exames de rotina regularmente. Caso você note algum dos sintomas, procure um mastologista. 

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silicone e câncer de mama

Silicone e câncer de mama: existe relação?

Uma dúvida muito comum entre as mulheres que desejam inserir a prótese de silicone é se existe relação entre esse implante e o câncer de mama. Além disso, outras perguntas, como a possibilidade de realizar a mamografia, são alvo de questionamentos de muitas das pacientes.

Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que a prótese de silicone pode variar entre diversos materiais e tamanhos. Realiza-se a inserção de silicone apenas após a avaliação precisa de um mastologista, que fará uma indicação de acordo com a necessidade de cada paciente. 

Vale ressaltar, contudo, que a prótese deve estar dentro dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acompanhe o artigo e saiba mais sobre o silicone e câncer de mama! Será que existe relação? Veja a seguir: 

Existe relação entre silicone e câncer de mama?

Inicialmente, é preciso falar sobre a relação entre câncer de mama e o uso de silicone. Ao longo dos anos, muitos médicos têm estudado sobre a possibilidade de associação entre ambos os casos, contudo, não existem evidências de que o uso de silicone aumenta o risco de desenvolver câncer de mama.

Vale ressaltar, no entanto, que, dentro dessas pesquisas, alguns casos de uso das próteses texturizadas foram avaliados e, embora sejam quadros raros, algumas pacientes usuárias desse silicone desenvolveram um tipo raro de câncer de mama. Trata-se do linfoma de células gigantes anaplásico, um câncer que envolve as células linfáticas.

Sendo assim, indica-se que as pacientes que usarem esse tipo de silicone, façam o acompanhamento frequente com um médico especializado em mastologia. A boa notícia é que o diagnóstico precoce desse câncer possibilita o tratamento adequado e possui grandes chances de cura.

De forma geral, o uso de silicone de maneira adequada é seguro e não causa riscos ao desenvolvimento de câncer de mama. O acompanhamento médico, contudo, deve ser regular.

silicone e câncer de mama

Quem usa silicone pode fazer o exame das mamas?

A resposta é sim! As pacientes que usarem silicone podem realizar a mamografia. Embora a cápsula formada ao redor do implante torne a região mais consistente, e porventura, isso cause alguma dificuldade na hora de realizar o exame, isso não impossibilita o processo. 

Além disso, existem algumas técnicas eficientes para avaliar as mamas para pacientes com prótese de silicone. Outros métodos de avaliação, como ressonância e ultrassom da região podem ajudar a identificar possíveis alterações. 

Como serão necessárias mais imagens, a média é de 8 radiografias para chegar ao resultado ideal, nos casos de pacientes com próteses mamárias. Além disso, utiliza-se a chamada manobra de Eklund para mover a prótese e afastá-la para um lado e para o outro, e, portanto, obter um resultado concreto.

Existem alguns boatos de que a mamografia pode causar o rompimento da prótese de silicone, no entanto, os riscos são mínimos. Avisar ao médico também será importante para que ele saiba conduzir e evitar esses riscos.

Portanto, não se preocupe quanto a isso! Apenas lembre-se de informar a presença de prótese ao médico que realizará o exame e mantenha a visita regular ao mastologista. 

E caso a paciente já tenha tido câncer de mama, poderá colocar a prótese de silicone?

Poderá sim. Inclusive, é muito comum que após ter o câncer de mama, algumas pacientes façam a cirurgia de reconstrução e/ou remodelamento das mamas, principalmente em casos de mastectomia – procedimento de remoção da mama.

Sendo assim, o implante mamário funciona como uma maneira que muitas mulheres encontram de melhorar a autoestima e sentir-se bem consigo mesma. É preciso, no entanto, que cada caso seja avaliado em específico. Caso você tenha tido câncer de mama e tenha vontade de inserir a prótese de silicone, indica-se que, o quanto antes, haja a procura por um mastologista. 

Cuidados que você deve ter com a prótese de silicone mamária no pós-operatório

Após entendermos a relação entre silicone e câncer de mama, já podemos partir para o procedimento. Ao inserir a prótese de silicone, deve-se tomar alguns cuidados importantes. Seguir todas as recomendações médicas é necessário a fim de aumentar a velocidade de cicatrização. Além disso, a ideia é evitar ao máximo os riscos de uma segunda cirurgia para corrigir as alterações.

Veja alguns cuidados importantes no pós-operatório:

Evitar dormir de lado

Sempre que puder, procure dormir com a barriga para cima, a fim de evitar que haja a pressão na região da mama. Uma boa dica é usar travesseiros para reforçar a elevação nas costas. 

Manter o corpo em movimento

No pós-operatório, o repouso é importante, contudo, não deve ser total. A movimentação é necessária para manter a circulação do corpo e a oxigenação do sangue. Lembre-se de realizar movimentos leves. Isso porque, caminhadas bruscas podem proporcionar o efeito reverso. 

Manter acompanhamento de um mastologista

Ainda que, na maioria dos casos, não haja relação entre silicone e câncer de mama, o acompanhamento de um mastologista é fundamental. Esse cuidado deve ser redobrado caso a paciente esteja apresentando dores, inchaço (devido à retenção de líquido na região) ou outros sintomas que indiquem alterações nas mamas. Por isso, atente-se à sua saúde! 

Conclusão

De maneira geral, pode-se concluir que não existe uma relação efetiva entre silicone e câncer de mama – apenas em casos raros e específicos. Por isso, quando feito de forma segura, são mínimas as chances de desenvolvimento da doença. 

Caso, no entanto, uma paciente obtenha câncer de mama após inserir a prótese (mas não por este motivo).

É preciso considerar que há a prótese. Sendo assim, pode ser que haja a necessidade de remoção do implante para realizar o tratamento adequado, principalmente se for importante para maiores chances de cura. 

Em todos os casos, vale ressaltar a importância de procurar regularmente o auxílio médico, incluindo um mastologista, a fim de preservar a saúde e manter a qualidade de vida do paciente. 

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