estresse e câncer de mama

Estresse e câncer, será que existe relação?

O estresse se manifesta em uma pessoa por diversas razões, desde uma rotina cansativa e desajustada até mesmo depois de um acidente traumático. Mas será que o estresse causa câncer?

É difícil afirmar que a causa do câncer seja o estresse, pois ainda não há estudos suficientes que comprovem. Ou seja, mesmo que o estresse afete diariamente milhões de pessoas em diversas situações, não é a raiz do problema.

Embora não seja verdade que o estresse cause câncer, ele pode influenciar diretamente na disseminação da doença no organismo. E, portanto, agravar os efeitos negativos do câncer.

Então, mesmo que seja difícil controlar a vida agitada ou situações de estresse, é importante encontrar formas de aliviá-lo.

Por isso, confira a seguir a relação do câncer com o estresse, e saiba como se prevenir de possíveis tumores.

estressada

O estresse é uma doença?

Mesmo não sendo uma doença, o estresse já é considerado o mal do século e atrapalha a rotina de muitas pessoas todos os dias.

Dessa forma, o estresse excessivo pode causar alguma doença, agravar doenças pré-existentes ou então contribuir com o surgimento de outras, como por exemplo o câncer.

O IPCS(Instituto de Psicologia e Controle de Estresse) realizou uma pesquisa on-line em 2014 com cerca de 2.100 brasileiros. Na pesquisa foram analisados os níveis de estresse dos cidadãos entre 18 a 75 anos de idade.

Os dados colhidos na pesquisa relataram que 34% dos entrevistados indicaram níveis externos de estresse. Além deste dado, também foi coletado informações sobre a saúde e bem estar dos entrevistados.

Dos 2.100 brasileiros que responderam a pesquisa, 55% tinham ansiedade, 23% tinham depressão, 33% tinham gastrite, 20% algum tipo de doença respiratória e 10% tinham síndrome do pânico.

Além disso, 4% relataram que o estresse contribuiu para o surgimento ou agravamento da doença já existente.

Portanto, os agentes causadores do estresse, assim como o câncer, são muitos, e estão presentes na rotina diária das pessoas. 

O que é o estresse afinal?

O estresse é uma resposta do nosso corpo diante de uma possível ameaça ou situação inesperada. Isso costuma acontecer em sua maior parte, no ambiente de trabalho ou em algumas situações estressantes e desgastantes para a pessoa.

Em resposta, o corpo libera alguns hormônios no organismo, como o cortisol e a adrenalina.  Isso vai ajudar o corpo a lidar com o então perigo iminente, conhecido como “lutar ou fugir”.

Em suma, esses hormônios contribuem para uma ação rápida do corpo como se fosse um alerta. Porém, o excesso desses hormônios sendo liberados diariamente em longos períodos, pode acarretar problemas emocionais e físicos, e muitos deles diminuem a qualidade de vida das pessoas.

Sintomas do estresse são parecidos com os sintomas do câncer

estresse e câncer

O estresse e o câncer podem apresentar sintomas parecidos. No entanto, diferentemente do câncer, o estresse contribui para agravar os sintomas de outras doenças como por exemplo, doenças do estômago e doenças do intestino.

Os sintomas mais comuns de uma pessoa estressada são:

  • Dores de cabeça;
  • Falta de sono;
  • Perda do apetite e perda de peso;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insatisfação no trabalho;
  • Baixa autoestima;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Problemas de estômago;
  • Problemas de intestino;
  • Comportamento explosivo;
  • Exaustão mesmo sem esforço físico;
  • Falta de paciência diante de algumas situações.

Os sintomas mais comuns de uma pessoa com câncer são:

  • Emagrecimento rápido sem fazer dietas ou praticar exercício físicos;
  • Cansaço físico sem esforço;
  • Falta de sono ou sono excessivo;
  • Dores que não passam;
  • Febre que vai e volta sem motivos;
  • Demora para cicatrizar feridas e machucados;
  • Manchas na pele;
  • Sangramentos.

Alguns dos sinais do estresse são passageiros, porém dão um alerta para o surgimento de outras doenças e há a necessidade de diagnosticá-la corretamente.

Embora muitos tipos de câncer apresentem os mesmos sintomas do estresse, os dois são problemas de saúde totalmente diferentes.

Somente um médico especialista pode dar o diagnóstico correto, bem como realizar o tratamento adequado para cada sintoma.

O estresse causa câncer: evite

Apesar de o estresse não ter uma ligação direta com o câncer, é aconselhável que as pessoas o evitem a fim de prevenir o câncer e outras complicações de saúde.

O estresse prolongado, no entanto, causa o desequilíbrio emocional da pessoa e com isso é possível que a imunidade fique baixa. Esse desequilíbrio torna o corpo humano um alvo fácil para o surgimento de doenças, inclusive o câncer.

Para evitar o estresse e principalmente o câncer, é imprescindível que as pessoas tenham uma alimentação saudável. Uma boa qualidade do sono e uma rotina de exercícios pelo menos 3 a 4 vezes na semana, também contribui com a diminuição do estresse.

Estresse causa câncer, dicas para prevenir a doença

Em primeiro lugar, o ideal é que as pessoas prestem mais atenção ao seu redor e tentem levar uma vida mais saudável e leve. Uma maneira de contribuir com isso, é dando valor às pequenas coisas do dia a dia, e tentando resolver seus próprios conflitos.

No entanto, nem sempre é fácil controlar o estresse, mas nós podemos evitar alguns dos principais fatores de risco à saúde. Confira a seguir 4 dicas para prevenir o câncer.

  • Não fume

O tabaco é uma das principais causas do câncer. Quem faz uso do tabaco, ou seja, é um fumante, pode desenvolver: câncer de pulmão, garganta, laringe, esôfago, rim, pâncreas. 

  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas

Assim como o cigarro, as substâncias presentes no álcool também contribuem para o surgimento do câncer, entre eles estão: câncer de fígado, colorretal e câncer de mama.

  • Não se exponha ao sol por períodos prolongados

O sol pode causar câncer de pele, mesmo que ele seja benéfico a saúde e garanta a vitamina D necessária para o nosso organismo.

Por isso, evite ficar exposto por várias horas diretamente ao sol.  Faça o uso diário do protetor solar e bonés, e quando necessário, tome sol somente na parte da manhã até as 10hrs e depois das 16hrs.

  • Faça exames de rotina e mantenha um acompanhamento médico 

Além de todos os cuidados e recomendações, é essencial ter um acompanhamento médico e fazer exames preventivos.

Além disso, tome as vacinas necessárias, no caso do câncer do colo de útero, e outros tipos de câncer, a vacina do HPV (papiloma vírus humano) pode prevenir. 

Esses cuidados podem evitar o aparecimento do câncer, e se ele desenvolver pode ser descoberto com antecedência e isso aumenta as chances de cura.

Tratamento pós câncer de mama

Tratamento após câncer de mama: tudo o que você precisa saber

Realizar um tratamento pós câncer de mama é essencial para evitar o ressurgimento da doença e garantir qualidade de vida ao paciente.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2022 foram estimados cerca de 73.600 mil novos casos de câncer de mama no país. Além disso, 18 mil pacientes destes casos vieram a óbito, entre eles 200 do sexo masculino.

A doença é causada por alterações genéticas, e entre 5% e 10% dos pacientes herdam o câncer de mama da família. Porém, quando diagnosticado com antecedência, sua chance de cura chega a 100%.

Contudo, mesmo após a cura e o fim do tratamento, o paciente deve tomar alguns cuidados já que a doença pode deixar sequelas físicas e emocionais.

Por isso, confira neste post quais cuidados devem ser tomados após o tratamento do câncer de mama, e o que você deve fazer para continuar saudável e evitar o reaparecimento do tumor.

O que é o câncer de mama?

tratamento para câncer de mama

O câncer de mama acomete principalmente o sexo feminino, cerca de 4 entre 5 mulheres acima de 50 anos de idade, podem desenvolver o câncer de mama.

Porém, a doença também pode se manifestar em mulheres mais jovens e em homens. Embora seja raro mas, é possível que a doença se manifeste nesses indivíduos do mesmo modo que aparece no grupo mais afetado.

A doença em si, trata-se de um tumor maligno causado pela grande produção das células mamárias anormais. Essa multiplicação celular desordenada, forma uma massa tumoral na região da mama, conhecida como nódulos e pode ser maligna ou benigna.

Como surge o câncer de mama?

Existem vários tipos de câncer de mama, alguns crescem lentamente e são menos agressivos, enquanto outros se desenvolvem mais rápido e de forma perigosa, e até fatal.

Para você entender melhor, as células antigas do corpo humano, são substituídas diariamente por células novas e saudáveis. Esse processo garante que o nosso corpo continue funcionando todos os dias.

Contudo, no meio do caminho, uma das células pode sofrer uma mutação genética. E, isso altera a sua capacidade de se multiplicar corretamente e de forma saudável, ou seja, ela apresenta um erro de mutação.

Geralmente, esse erro acontece nas células do epitélio que reveste a camada interna do ducto mamário, e se não controlado evolui rapidamente e pode invadir tecidos vizinhos e se espalhar para outros órgãos.

Então, essa célula com mutação diferente se divide sem controle, e o corpo a reproduz de forma desordenada e em excesso, causando assim um tumor. 

O tumor maligno traz mais riscos à saúde do paciente, e pode causar mortalidade quando não diagnosticado rapidamente.

O câncer de mama, por fim, consiste em um tumor maligno que se desenvolve nas células da mama, tanto em homens quanto em mulheres.

O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento para este tipo de câncer nas unidades de saúde especializadas. O tratamento vai variar de acordo com a gravidade e o tipo do câncer.

Tratamento para o câncer de mama

O avanço da tecnologia e o diagnóstico precoce, tem contribuído para a cura dos pacientes, e reduziu os tratamentos mais invasivos como por exemplo, a retirada da mama.

O tratamento ideal consiste em um conjunto de fatores, como por exemplo:

  • Idade do paciente;
  • Tipo de câncer;
  • Estágio da doença;
  • Condições físicas do paciente;
  • Preferências de tratamentos.

Além de outros fatores que os médicos especialistas e um mastologista podem indicar.

Quando o câncer é diagnosticado no início, a sua chance de cura é maior e o tratamento nesse caso é mais eficaz. Porém, o tratamento da doença vai depender das características do tumor, seja ele benigno ou maligno.

Contudo, quando a doença já está no estágio mais avançado com evidência de metástase, o tratamento consiste em prolongar a vida do paciente e proporcionar uma qualidade de vida melhor.

Confira os principais tratamentos para o câncer de mama:

Tratamento sistêmico: consiste em tratar o paciente com quimioterapia, terapia biológica e hemoterapia.

Tratamento local: realiza-se a radioterapia ou cirurgia, este tipo de tratamento é mais agressivo e pode ser necessário realizar a remoção do nódulo e até das mamas.

Após câncer de mama, faça outros tratamentos

Durante o tratamento da doença, a pessoa tem que reestruturar toda a sua rotina para se adaptar ao novo estilo de vida, principalmente se for o caso da retirada da mama.

Entretanto, depois dos procedimentos necessários para a recuperação total do paciente, é possível levar uma vida normal e voltar à rotina de vida antiga, como por exemplo, trabalhar e realizar as atividades diárias normalmente.

No entanto, ainda é preciso reforçar alguns cuidados para que a doença não retorne e que a cura seja completa, confira alguns desses cuidados a seguir.

O que evitar na região da mama operada?

Evite arranhões e cortes, assim como qualquer outro tipo de machucado na região tratada. Além disso, evite carregar bolsas e objetos pesados. 

Faça fisioterapia após o tratamento de câncer de mama

O objetivo da fisioterapia após o tratamento do câncer, é garantir a movimentação dos membros e realinhar a postura, assim como evitar dores e prevenir complicações nos tendões e músculos.

Por isso, a fisioterapia é importante para uma reabilitação sem problemas maiores.

Continue com os hábitos saudáveis

Os novos hábitos adquiridos durante o tratamento, devem continuar mesmo após o fim do tratamento do câncer para manter o corpo saudável e funcionando bem.tratamento pós câncer de mama

Continue com o tratamento psicológico

O câncer em todas as suas formas é agressivo e afeta além do organismo a saúde mental do paciente. Por isso, o medo da doença retornar costuma fragilizar as emoções e causar ansiedade e depressão.

O acompanhamento de um profissional, portanto, ajuda o paciente a lidar melhor com isso.

Faça acompanhamento com um mastologista após tratamento do câncer de mama

Fazer o acompanhamento de rotina com um mastologista mesmo após o tratamento do câncer, é fundamental. Isso vai garantir que o paciente sempre faça os exames de rotina e tenha acesso a uma prevenção adequada e assim evitar o possível reaparecimento da doença.