Jornada da paciente com câncer de mama

Qual a jornada da paciente com câncer de mama?

A jornada da paciente com câncer de mama não é nada fácil. Antes mesmo de saber se está com a doença a pessoa já sofre esperando o resultado da mamografia para saber se existe algum nódulo. Após isso, também existe a espera pela biópsia para confirmar se aquele nódulo é maligno ou benigno, trazendo, assim, mais ansiedade para a paciente.

Com a confirmação de ter um tumor maligno o próximo passo é saber qual o estágio da doença e quais serão os tipos de tratamentos. Geralmente a quimioterapia é recomendada. Tendo esta certeza de que fará esse tipo de terapia, surgem as dúvidas se irá funcionar o tratamento, quais serão os efeitos colaterais que ela irá sofrer.

Então dependendo do sucesso ou não do tratamento, as angústias aumentam ou diminuem. Quando há uma regressão do seu tumor ou a cura, chega o momento de saber se ainda fará algumas sessões de quimioterapia ou se o tratamento está completo. A partir daí é fazer exames periodicamente para saber se o câncer não irá voltar e realizar as devidas prevenções.

 

Saiba mais sobre qual é a jornada da paciente com câncer de mama

Paciente se recuperando de um câncer de mama
Paciente se recuperando de um câncer de mama

A jornada da paciente com câncer de mama possui algumas fases que são: antes do câncer, tratamento e após o tratamento.

Antes de saber que possui o câncer, a paciente faz um exame como mamografia, por exemplo, a fim de detectar se há algum nódulo em seus seios. Isso geralmente acontece ou porque ela já possui mais de 40 anos, ou por ter casos na família ou devido a ter feito um autoexame e percebido a presença de algum nódulo.

O primeiro passo então é procurar por um médico para que ele peça a mamografia e, com o resultado do exame, esse médico avalia qual seria o melhor tratamento e quais estratégias ele seguirá para o processo da cura do câncer da sua paciente.

Após a confirmação da malignidade do nódulo, o médico avalia se há necessidade de quimioterapia ou radioterapia e quantas sessões ela terá que passar.

Nessa fase a paciente fica angustiada e com dúvidas em relação aos efeitos do tratamento, se será eficiente e se terá alguma reação com ele, como vômitos, mal estar e perda de cabelo, muitas vezes até de peso.

Se o câncer não regride o médico pode recomendar a cirurgia para a retirada da região infectada. E caso isso aconteça, os medos e anseios são ainda maiores. A recuperação da cirurgia e da doença dependem de diversos fatores. Um deles é o estágio onde esse câncer se encontra.

Alguns pacientes podem ter reincidência após algum tempo de retirada do primeiro câncer.

Isso acontece ou pela volta do mesmo câncer ou um segundo novo câncer. E para aquelas que encontram a cura ainda terá a necessidade de realizar exames periódicos para identificar se há algum novo câncer.  

 

O que um paciente com câncer de mama pode fazer para melhorar sua jornada?

 

O câncer de mama é um dos tipos de câncer com mais ocorrência entre as mulheres. Por este motivo, é  necessário que a paciente sempre faça exames para identificar se há uma nova incidência ou reincidência do câncer de mama. 

Esses exames ajudam a prevenir e tratar nos primeiros sintomas com mais chances de cura. 

As chances de sobreviver a esse câncer são cada vez maiores dependendo da antecedência com que ele é detectado.

O avanço da tecnologia é muito importante  porque ajuda o médico a ter mais informações da sua paciente. E isso o possibilita a fazer um acompanhamento mais preciso e confiável. 

Passar por tudo isso, contudo, causa medo, angústia, anseios, incertezas podendo alterar o estado psicológico da paciente.

Sendo assim, uma alternativa a ser considerada é procurar por um psicólogo para que ele a ajude a ser mais resistente nesse período tão difícil.

O apoio da família e amigos também são essenciais para que a paciente consiga uma recuperação com mais sucesso. 

O acompanhamento de um médico é necessário tanto para que ele indique os tratamentos e exames que a paciente deve fazer, como para ajudar em algumas indicações de medicamentos e terapias que reduzam os sintomas que a quimioterapia pode causar.

A jornada das mulheres que possuem câncer de mama não é fácil, mas pode melhorar muito com ajuda de amigos e familiares. Além disso, devem contar com o acompanhamento de um médico para tirar todo e qualquer tipo de dúvida e de um psicólogo para ajudá-la a passar por tudo isso.

Há também programas que estão em fase inicial mas que futuramente podem ajudar nesse processo.

Apoio da família
Apoio da família

Programas que ajudam nesta jornada

 

Há alguns projetos de programas que podem tornar a jornada da mulher com câncer de mama mais leve. Isso faz com ela fique mais forte e confiante para enfrentar o tratamento de maneira mais positiva. 

O CuidaMama é um projeto que está em fase de cocriação. Ele se baseia em três pilares que são a reorganização da experiência do serviço de saúde, identificação de novos parâmetros para o cuidado do câncer de mama e a facilitação entre mulheres e profissionais da saúde. 

O Sus também está com projeto buscando aprovação, que é um programa chamado Programa Nacional de Navegação ao Paciente. Trata-se de um procedimento que acompanha pacientes que tenham diagnósticos e suspeitas do câncer de mama, orientando e agilizando o diagnóstico e tratamento.

Desse modo, os estudos e projetos sempre podem auxiliar a paciente que está enfrentando problemas com o câncer de mama. A tecnologia também cada vez mais avançada dá uma esperança a mais a cada dia que passa para pacientes que sofrem com essa doença.

Enquanto isso tudo não acontece é essencial que as pacientes que possuam essa doença procurem um médico que ofereça um tratamento adequado ao seu caso. Além disso, nunca deixe de fazer o autoexame em se tiver hereditariedade na família, faça sempre exames regulares e siga as orientações do seu médico. 

Lembre-se sempre de que o câncer de mama, assim como todos os outros, sempre tem mais chances de cura quando detectados em fase inicial.   

  

Câncer de mama hereditário

Câncer de mama é hereditário?

Há casos em que o câncer de mama é hereditário. Não é a única condição para a ocorrência dessa doença, pois a maior parte dos casos acontecem por causa de fatores comportamentais e ambientais.

Aproximadamente 5% a 10% apenas estão relacionados à hereditariedade. Mesmo assim, é muito importante saber como acontece o câncer de mama para essas pessoas, porque identificando as mutações genéticas o médico consegue estabelecer se pode adotar condutas que trazem mais seguranças para a família.

Desse modo, mostraremos como funciona a hereditariedade no câncer de mama, porque é essencial ficar atento às situações indicativas, como se pode prevenir e tratar essa doença.      

 

Câncer de mama é hereditário? Como funciona?

 

Hereditariedade do câncer de mama
Hereditariedade do câncer de mama

Como vimos, o câncer de mama é hereditário sendo responsável por cerca de 5 a 10% dos casos. Por este motivo, é essencial ter atenção a algumas situações relacionadas aos índices de hereditariedade, como por exemplo:

 

  • Ocorrência de câncer de mama em pessoas com menos de 45 anos; 
  • Uma mesma mulher ter essa doença em ambas as mamas;
  • Membros da mesma família com parentesco em primeiro grau ou a mesma mulher ter casos de câncer de ovário; 
  • Vários cânceres de mama na mesma família;
  • Ocorrência de câncer de mama em homem.

 

Entender a importância das mutações genéticas é essencial porque elas estão relacionadas a uma maior incidência deste tipo de câncer, sendo as mutações dos genes  BRCA1 e BRCA2 as mais comuns. 

Eles apresentam um elevado risco para este tipo de câncer, pois a probabilidade de desenvolvê-lo pode variar aumentando de 12% para 87% devido a essas mutações.

É possível identificar essas alterações genéticas realizando os exames moleculares para câncer hereditário (testes genéticos germinativos) em locais especializados.

A confirmação disso irá auxiliar o médico a fazer uma prevenção mais personalizada, tanto para cada paciente, como para as outras pessoas da família que podem ter a mesma predisposição.

Apesar de ser raro, não está descartada a chance de um homem ter câncer de mama por causa dessa condição familiar. Por este motivo, o estudo dessa condição genética é interessante para todos que tenham caso na família, independente de seu gênero. 

A seguir, conheça mais sobre a influência dos fatores genéticos em pacientes que desenvolvem esse tipo de câncer. 

 

Conheça mais sobre os fatores genéticos no câncer de mama

 

Quando o assunto é fatores genéticos deve-se levar em consideração o fato de que há uma diferença entre a genética presente no tecido do tumor e na genética hereditária. 

Desse modo, o que não se pode confundir é que o tumor tem origem nas alterações genéticas locais nos tecidos, contudo, somente uma parte é responsável  por causar a predisposição genética hereditária. Saber sobre essa diferença auxilia os pacientes na compreensão de como é melhor se prevenir.

O câncer de mama se origina geneticamente em todos os tipos de câncer. Isso  acontece a partir de alterações que não deveriam ocorrer nos genes quando há o processo de multiplicação das células. Algumas dessas falhas, no entanto, estão relacionadas a fatores hereditários de predisposição. 

A maior incidência dos tumores se dá através das mutações derivadas de fatores ambientais como, por exemplo, dieta incorreta, desequilíbrios nos hormônios, tabagismo e obesidade.

Essas agressões ambientais que acontecem no decorrer do tempo elevam o risco das alterações celulares nas mamas, muitas vezes causando o câncer. Nesses casos, portanto, não ocorre a transmissão hereditária porque essas alterações acontecem somente nas mamas.

Existem aproximadamente 25 mil genes no corpo humano, dentre eles 20 ou 30 são protetores do câncer de mama na mulher. Quando há alterações hereditárias nos genes desse grupo específico as mulheres ficam mais expostas a agressões ambientais, favorecendo, assim, o surgimento de tumores. Neste caso, a predisposição genética hereditária está presente. A porcentagem de mulheres que podem ter essa condição vulnerável na família é de 10% a 15%. 

Isto não significa, contudo, que a mulher nessas condições apresentará com certeza o câncer de mama. Dessa maneira, não deixe de procurar um médico caso tenha essa condição hereditária em sua família.

Autoexame câncer de mama
Autoexame câncer de mama

Quais são os tratamentos e prevenção deste tipo de câncer nessas condições?

 

Identificar essas alterações ajudam a definir as estratégias que o médico irá usar para tratar o tumor presente nas pacientes com esse tipo de câncer. Além disso, ajuda na prevenção de outros tumores em outros lugares diminuindo, assim, o risco de desenvolver futuras lesões que possam acontecer.    

Além da possibilidade de ter câncer de mama, pacientes que possuem alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 podem também ter risco de câncer do ovário, pâncreas e próstata.

Conseguindo identificar essas alterações facilita ao médico ter uma estratégia para tratamentos mais específicos direcionados a seus pacientes de forma personalizada, dependendo de cada tipo de alteração.  

Os estudos e avanço tecnológico das alterações genéticas é importante não apenas para saber sobre tumores de câncer de mama como também outros tumores. Isso acontece porque os testes permitem aos médicos terem mais conhecimentos sobre quais remédios podem utilizar em seus pacientes.  Então, a partir daí,  avaliam a eficácia deles, levando em consideração outras variáveis, tais como o tipo da lesão, idade da pacientes, interações hormonais, características individuais, entre outros.

A melhor forma de prevenção da doença nesses casos é procurar um médico geneticista. Ele irá orientar melhor se há a necessidade de fazer a testagem para genes suscetíveis ao câncer. Ao identificar que o resultado seja positivo, outras pessoas da família devem ser orientadas a fazer esses testes também. 

O tratamento é personalizado variando de acordo com cada caso, contudo, normalmente é recomendado realizar exames periódicos, monografias e ressonância magnética para avaliar de forma mais detalhada as mamas, procurando, assim, nódulos e outras alterações. 

Pode haver a necessidade de fazer cirurgias, no entanto, o médico é quem irá orientar melhor seu paciente. Isso será de acordo com o resultado apresentado em seus exames.